Em Chamas da Vida, a perseguição do pedófilo Lipe (André Di Mauro) à adolescente Vivi (Letícia Colin) mobilizou a história mais do que o vai e vem amoroso de Pedro (Leonardo Brício) e Carolina (Juliana Silveira).
E não faltam exemplos...
O casal central de Paraíso Tropical (2007), Paula (Alessandra Negrini) e Daniel (Fábio Assunção), foi engolido por Bebel (Camila Pitanga) e Olavo (Wagner Moura). E no final, a história de Gilberto Braga e Ricardo Linhares acabou virando “a novela da Bebel”. O mesmo aconteceu em Cobras & Lagartos (2006). Quem se lembra dos protagonistas, Duda (Daniel de Oliveira) e Bel (Mariana Ximenes)? Pouca gente. Os grandes destaques foram mesmo Foguinho (Lázaro Ramos) e Ellen (Taís Araújo).
Em Páginas da Vida (2006), em meio a um elenco estelar (Regina Duarte, José Mayer, Tarcísio Meira, Glória Menezes, Ana Paula Arósio, Edson Celulari, Helena Ranaldi, Marcos Paulo, Vivianne Pasmanter...), foi Lilia Cabral – uma das mais vorazes roubadoras de cena das novelas – quem brilhou mais intensamente como a amargurada Marta.
Daniel de Oliveira, tadinho, já havia sido “devorado” em Cabocla (2004) por Danton Mello. A complicada história de amor de Belinha (Regiane Alves) e Neco (Danton), fez mais sucesso do que a paixão do doente Luis Jerônimo (Daniel) pela chucra Zuca (Vanessa Giácomo). Mas o pior mesmo é quando a ameaça vem de fora... Em Esperança (2002), os lindos Reynaldo Gianecchini (Toni), Ana Paula Arósio (Camilli) e Priscila Fantin (Maria) não foram páreo para a paixão incendiária do português José Manoel (Nuno Lopes) pela Bela do Século Passado, Nina (Maria Fernanda Cândido).
Ou seja: ser protagonista não é garantia de nada nessa vida. O melhor mesmo para um ator é torcer para que ganhe um ótimo papel ou batalhar muito, para não deixar que aquele coadjuvante lá do fim da fila apague seu brilho.
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