Em Giverny, nos famosos jardins do pintor Monet, atriz fala sobre a protagonista Helena, da próxima novela de Manoel Carlos
Foi um mês longe de casa, entre quartos de hotéis e gravações dos primeiros capítulos deViver a Vida, próxima novela das 8 da Globo, com estreia prevista para 14 de setembro. Protagonista da trama de Manoel Carlos, 76 anos, Taís Araújo, 30, foi levada nos últimos dez dias da viagem - que ainda incluiu 20 dias na Jordânia - a Paris, cidade que já conhecia. Mas a maior surpresa da viagem foi a visita a Giverny, 70 quilômetros da capital francesa, para visitar a casa onde viveu o pintor impressionista Claude Monet (1840 - 1926) - hoje uma fundação que leva seu nome.
''Achei lindo. Parece que estamos passeando no meio das telas dele'', diz Taís, que admirou a explosão de cores vinda das rosas, ninféias (as plantas aquáticas tão presentes em sua obra) e salgueiros-chorões. De volta ao Rio de Janeiro, onde mora, ela matou a saudade da família e do ator Lázaro Ramos, 30, com quem reatou em novembro - agora em tetos separados - e que passou alguns dias com ela na Jordânia. ''Estou passando por uma ótima fase da minha vida, em todas as áreas. Não poderia estar mais feliz.''
Taís sabe que o mês reservado exclusivamente ao trabalho representou só o início de toda a dedicação necessária para viver a primeira Helena de sua carreira. ''Já coloquei na minha cabeça, e na de todo mundo que convive comigo, que vai ser um ano de dedicação integral à novela. Minha família e minhas amigas vão ter de entender que não vou estar tão presente.''
A primeira a abdicar de projetos pessoais foi a própria atriz. Quando recebeu o convite, Taís estava em Paris, decidida a passar uma temporada estudando. ''Tinha acabado de chegar ao Brasil para um trabalho de publicidade e Maneco me ligou perguntando se eu poderia ir ao Projac (os estúdios da Globo no Rio de Janeiro) conversar com ele. Nem titubeei. Quando recebi o convite, enlouqueci de alegria'', conta ela.
Helena especial
Em 14 anos de carreira, essa não é a primeira vez que Taís encara a missão de protagonizar uma trama. Mas o que torna o novo papel mais um marco em sua trajetória é que essa é a primeira Helena negra e jovem escrita por Manoel Carlos. ''Tenho noção da minha responsabilidade. A minha geração é carente desse tipo de referência. Quando eu via atrizes negras na TV, elas não tinham a minha idade. Eram muito distantes de mim'', diz. ''Existe uma função social por trás de tudo que eu falo, que não pode ser ignorada. Tenho recebido papéis incríveis e feito coisas que sei que são importantes para mim e para todos os negros do país.''
Na história, Taís é uma modelo que se apaixona por um homem mais velho, Marcos (José Mayer), e vê no relacionamento um bom motivo para largar as passarelas. ''O que mais a diferencia das outras Helenas é que está em outro estágio de vida. Há uma característica própria da nossa geração. Fomos criadas para ser independentes. O grande problema é essa disputa de poder entre homem e mulher'', compara Taís. ''Helena é dona da vida dela. O trabalho sempre esteve em primeiro lugar. Mas, ao conhecer Marcos, ela se encanta com seu jeito maduro. Talvez essa seja a primeira vez em que vai optar pela vida pessoal.''
Vaidade profissional
Para bancar a modelo, Taís procurou o endocrinologista Samir Faiçal para emagrecer sem deixar de comer bem. Passou a malhar diariamente com o professor Roberto Rodrigues e seguiu a orientação da dermatologista Karla Assed para fazer tratamentos com aparelhos que combatem a gordura localizada. ''Terei de seguir isso durante toda a novela. Melhor do que fazer dietas rápidas, malucas e que fazem mal à saúde'', justifica ela, que, no fundo, não é tão fã de ginástica assim. ''Faço porque sei que é importante para a saúde. Levando em consideração que venho de uma família de mulheres gordas, acho que tenho uma alimentação muito saudável. A gente sabe o que precisa para ficar magra: regime e exercícios'', diz.
Dos 13 aos 15, Taís trabalhou como modelo fotográfico. ''Uma vez, John Casablanca (ex-proprietário da agência Elite) me convidou para morar em Nova York. Minha mãe não gostou da ideia porque eu era muito nova. E eu também já pensava em ser atriz. Hoje, me realizo na novela'', diz.
Paralelamente à trama, ela segue como apresentadora do Superbonita, do canal pago GNT. E, se o papo gira em torno dos cuidados para manter cabeça e corpo sãos, pode-se dizer que, em nome de suas personagens, ela é uma mutante. ''Esse visual da Helena é o que mais se aproxima do meu cabelo natural. É mais fácil de cuidar. Mesmo assim, faço hidratação toda semana'', conta ela, que não exige de si mesma além do que já faz em nome do trabalho. ''Tenho todos os defeitos que todas as mulheres têm e tento lidar com eles da melhor maneira possível. Quando dá, faço uma massagem ou um tratamento. E, quando não dá, não faço nada. Não sou perfeita.''
''Achei lindo. Parece que estamos passeando no meio das telas dele'', diz Taís, que admirou a explosão de cores vinda das rosas, ninféias (as plantas aquáticas tão presentes em sua obra) e salgueiros-chorões. De volta ao Rio de Janeiro, onde mora, ela matou a saudade da família e do ator Lázaro Ramos, 30, com quem reatou em novembro - agora em tetos separados - e que passou alguns dias com ela na Jordânia. ''Estou passando por uma ótima fase da minha vida, em todas as áreas. Não poderia estar mais feliz.''
Taís sabe que o mês reservado exclusivamente ao trabalho representou só o início de toda a dedicação necessária para viver a primeira Helena de sua carreira. ''Já coloquei na minha cabeça, e na de todo mundo que convive comigo, que vai ser um ano de dedicação integral à novela. Minha família e minhas amigas vão ter de entender que não vou estar tão presente.''
A primeira a abdicar de projetos pessoais foi a própria atriz. Quando recebeu o convite, Taís estava em Paris, decidida a passar uma temporada estudando. ''Tinha acabado de chegar ao Brasil para um trabalho de publicidade e Maneco me ligou perguntando se eu poderia ir ao Projac (os estúdios da Globo no Rio de Janeiro) conversar com ele. Nem titubeei. Quando recebi o convite, enlouqueci de alegria'', conta ela.
Helena especial
Em 14 anos de carreira, essa não é a primeira vez que Taís encara a missão de protagonizar uma trama. Mas o que torna o novo papel mais um marco em sua trajetória é que essa é a primeira Helena negra e jovem escrita por Manoel Carlos. ''Tenho noção da minha responsabilidade. A minha geração é carente desse tipo de referência. Quando eu via atrizes negras na TV, elas não tinham a minha idade. Eram muito distantes de mim'', diz. ''Existe uma função social por trás de tudo que eu falo, que não pode ser ignorada. Tenho recebido papéis incríveis e feito coisas que sei que são importantes para mim e para todos os negros do país.''
Na história, Taís é uma modelo que se apaixona por um homem mais velho, Marcos (José Mayer), e vê no relacionamento um bom motivo para largar as passarelas. ''O que mais a diferencia das outras Helenas é que está em outro estágio de vida. Há uma característica própria da nossa geração. Fomos criadas para ser independentes. O grande problema é essa disputa de poder entre homem e mulher'', compara Taís. ''Helena é dona da vida dela. O trabalho sempre esteve em primeiro lugar. Mas, ao conhecer Marcos, ela se encanta com seu jeito maduro. Talvez essa seja a primeira vez em que vai optar pela vida pessoal.''
Vaidade profissional
Para bancar a modelo, Taís procurou o endocrinologista Samir Faiçal para emagrecer sem deixar de comer bem. Passou a malhar diariamente com o professor Roberto Rodrigues e seguiu a orientação da dermatologista Karla Assed para fazer tratamentos com aparelhos que combatem a gordura localizada. ''Terei de seguir isso durante toda a novela. Melhor do que fazer dietas rápidas, malucas e que fazem mal à saúde'', justifica ela, que, no fundo, não é tão fã de ginástica assim. ''Faço porque sei que é importante para a saúde. Levando em consideração que venho de uma família de mulheres gordas, acho que tenho uma alimentação muito saudável. A gente sabe o que precisa para ficar magra: regime e exercícios'', diz.
Dos 13 aos 15, Taís trabalhou como modelo fotográfico. ''Uma vez, John Casablanca (ex-proprietário da agência Elite) me convidou para morar em Nova York. Minha mãe não gostou da ideia porque eu era muito nova. E eu também já pensava em ser atriz. Hoje, me realizo na novela'', diz.
Paralelamente à trama, ela segue como apresentadora do Superbonita, do canal pago GNT. E, se o papo gira em torno dos cuidados para manter cabeça e corpo sãos, pode-se dizer que, em nome de suas personagens, ela é uma mutante. ''Esse visual da Helena é o que mais se aproxima do meu cabelo natural. É mais fácil de cuidar. Mesmo assim, faço hidratação toda semana'', conta ela, que não exige de si mesma além do que já faz em nome do trabalho. ''Tenho todos os defeitos que todas as mulheres têm e tento lidar com eles da melhor maneira possível. Quando dá, faço uma massagem ou um tratamento. E, quando não dá, não faço nada. Não sou perfeita.''
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