A atriz personifica a nova geração de cinquentonas: bonitas e bem resolvidas. O segredo? Exercício físico, meditação e um creminho, que ninguém é de ferro!
A atriz Christiane Torloni está com 52 anos. E linda! As medidas impecáveis (59 quilos e 1,70 metro de altura) e o rosto marcado apenas por rugas de expressão dão a impressão que ela congelou o tempo. E um de seus segredos de beleza é justamente não brigar com ele. Budista, ela medita diariamente. ''Isso me ajudou muito a não ficar paranoica com o físico. Não tenho uma relação de adoração com o meu corpo, mas de profunda admiração. E aprendi isso com o budismo, onde praticamos o desapego à autoimagem.''
Ela acredita que o tempo é amigo. E não aposta em dietas radicais nem em plásticas milagrosas - inclusive, diz que fez poucas (''Apenas pequenas correções, mas todos acham que já fiz milhares de plásticas.''). A palavra que rege a relação que Christiane mantém com o próprio corpo é respeito. ''Aprendi a me conhecer e saber quais são meus limites. Só que isso demora uma vida inteira para se descobrir. Já forcei e me dei mal, hoje sei até onde posso ir.''
Sucesso na TV como Melissa em Caminho das Índias e feliz no casamento de 14 anos com o diretor de TV Ignácio Coqueiro, 52, Christiane é a própria imagem da nova geração de 50 anos. Confira, a seguir, a beleza da atriz no ensaio exclusivo feito no Hotel Le Relais de Marambaia, em Barra de Guaratiba, Rio de Janeiro, e descubra o que pensa esta nova mulher, que considera a crise da meia-idade um conceito mais do que ultrapassado.
Como é possível não ter celulite?!
Ah! Isso eu devo à minha mãe (a atriz Monah Delacy, 79). Não apenas pela genética, mas por não ter crescido com mamadeira de refrigerante. Sou da época do Ki-Suco mesmo...
Acredita que sua geração está criando um novo padrão de envelhecimento?
Exatamente. Hoje existe toda essa ciência da saúde. Sou de um grupo de mulheres que teve acesso a essas novidades, soube aproveitar e teve disciplina. Ter 50 anos no século 21 significa ser livre! Se você se realizou profissionalmente, emocionalmente e financeiramente, como eu me realizei, a alegria está impressa em seu rosto e corpo. E isso move os padrões.
Você se acha sexy?
Diziam que eu era muito sexy quando jovem e eu me achava tão sensual quanto uma almôndega (risos). Mas fui achando a minha beleza. Ter 29 anos é diferente de ter 49, 59 ou 69. Não precisamos ficar apegadas às coisas do passado.
Você mudou muito nos últimos 30 anos?
Imagine, tive uma gravidez de gêmeos! É claro que o corpo muda. Mas, se as mulheres pudessem entender como parir faz bem... Só que você só percebe 30 anos depois. A natureza não apenas agradece como lhe bonifica com força muscular, saúde dos ossos etc. Por isso não faço julgamentos sobre o que ela nos impõe, porque você perde em algumas coisas, mas ganha em outras. Não tenho o corpo que tinha há 30 anos, mas hoje gosto muito mais dele porque o compreendo mais.
E o sexo, ficou diferente?
Desabrochei num tempo meu... Fui virgem até os 20 anos. Em compensação, aos 21 já estava grávida. Não existe hora ou idade para sexo. Às vezes estou com humor para isso, outras não. Não é porque você faz 50 anos que cai uma fase da luz da casa ou tem de trocar um fusível. Já tive momentos de celibato, feliz e tranquila quando era bem mais jovem. E hoje vejo mulheres de 60 anos que dão um banho nas de 50. Isso me faz pensar: ''Caramba! A brincadeira começou aos 60 e antes eu achava que ia terminar aos 40!''
O que mais muda?
Chegar à minha idade também liberta para compartilhar experiências. Em uma época de canil institucionalizado, em que as mulheres são chamadas de cachorras e estimula-se a competição entre elas, não se vê mais fraternidade. Mas, hoje, eu me sinto livre até mesmo para dividir, compartilhar. Não preciso mais disputar nada.
E se olha muito no espelho?
Sigo à risca um ensinamento do dr. Ivo Pitanguy: ''Tenha espelho, mas não se olhe o dia inteiro, porque vai achar defeitos. Todo mundo tem defeitos''. Mas vivi mais tempo como a Christiane Torloni do que como a Christiane Maria dos Santos Torloni. Isso faz com que eu tenha um olhar pouco benevolente sobre mim mesma, um olhar de atriz, de observadora por profissão. Então converso muito comigo. Uma noite de sono ruim pode fazer com que no dia seguinte não esteja tão bem, mas não posso sofrer por isso. Tenho, por exemplo, um espelho para me maquiar que só pode usar quem já fez, pelo menos, 20 anos de terapia (risos). É daqueles que aumenta sete vezes. Mas enfrento bem.
Mudaria alguma coisa no passado?
Não tenho vontade de voltar atrás em nada. Tenho muito orgulho de me sentir bem e de ter sobrevivido a mim mesma, inteira, com a pele boa e todos os dedos (risos).
Nenhum comentário:
Postar um comentário