quarta-feira, 26 de maio de 2010

Rafael Calomeni se atrapalha com clima de mistério de 'Ribeirão do Tempo'

Cenas de 'Ribeirão do Tempo' aliam clima de romance e mistério Foto: Divulgação

Fazer de um simples jantar entre amigos uma porta para a série de mistérios que permeiam a história de Ribeirão do Tempo, da Record, não é fácil. Mas o diretor Daniel Ghivelder mostra paciência e tranquilidade suficientes para orientar os ainda novatos na TV Rafael Calomeni e Alinne Borges.

Na história, Newton e Ellen, seus personagens, são amigos. Porém, na sequência que vai ao ar no décimo primeiro capítulo da novela, uma leve discussão entre eles mostra que existem informações sobre o passado ainda não reveladas nas cenas. O que abre uma possibilidade para que Newton, o mecânico de aviões, seja suspeito da morte de seu melhor amigo, Sílvio, o marido de Ellen, vivido por Rodrigo Phavanello. "Não sabemos quando o Sílvio vai morrer, mas essa informação abre possibilidades diferentes das que estávamos cogitando. Até receber este capítulo, eu não sabia que eles teriam um passado", garantiu Alinne, que grava sua segunda novela, primeira na emissora.

O suspense fica garantido porque o texto da cena não revela exatamente o que aconteceu entre o casal. Para isso, Daniel marca bem a posição das crianças Caio Vydal e Kaleo Maciel, que vivem os aventureiros Guilherme e Carlos. A chegada dos dois na sala de jantar atrapalha a conversa e, por isso, os cuidados no estúdio aumentam. O plano precisa ser mais aberto, para que seja possível mostrar os quatro no mesmo ângulo. "O barato dessas cenas é que nem mesmo a equipe sabe direito que importância aquele instante pode ter ou não no futuro", avaliou Calomeni.

Tantos detalhes de marcação e expressões faciais que indicam o clima de mistério deixam Calomeni visivelmente atrapalhado. Com a ajuda do diretor, o ator não só reforça o estudo do texto como também treina a melhor forma de deixá-lo coerente com a situação. "Tem de ficar mais natural", advertiu Ghivelder. "É a primeira vez que gravamos juntos. Essas informações novas que vêm com os capítulos dão uma balançada no elenco também. Mas novela é assim, a gente se acostuma", amenizou Alinne.

Rodrigo Phavanello chega ao estúdio em seguida. O ator é de longe o mais bem humorado do grupo. Brinca com a equipe técnica e até sugere movimentos suaves que, segundo ele, podem ajudar a dar o clima cotidiano que uma cena aparentemente simples e em um cenário de residência pede. Como, por exemplo, o melhor lugar para largar a carteira do personagem e o hábito de fechar as janelas antes de sair de casa. Isso sem deixar de lamentar que, talvez em breve, não participe mais do projeto. "Como se trata de uma obra aberta, torço para que meu personagem fique mais tempo na história. Mas entendo a importância que ele e, nesse caso, sua própria morte, têm na trama", consolou-se.

A interação entre Phavanello e Aline ajuda a finalizar o trabalho no estúdio. Isso porque Daniel Ghivelder deixa para o final uma cena em que o casal Sílvio e Ellen troca um beijo apaixonado. Mas, para que a sequência romântica vá ao ar do jeito planejado, os atores têm de repetir a situação pelo menos três vezes. "Tivemos muita sorte porque assim que começamos a trabalhar em cima da novela, rolou uma empatia", jurou Alinne. "Início de novela é sempre bom porque a gente tem mais tempo para poder fazer um trabalho com qualidade diferenciada", valorizou Rodrigo, demonstrando não se importar com as repetições.

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