domingo, 26 de setembro de 2010

CRÍTICA/Gabriela Duarte faz a festa

Em 97, quando ainda não existiam as comunidades do Orkut, Gabriela Duarte foi alvo de uma campanha maldosa na internet. Aconteceu por causa de sua personagem na novela “Por amor”, Eduarda, uma menina mimadinha. O desempenho dela foi correto, mas o público não perdoou e confundiu a atriz com seu papel na ficção. A pecha de chatinha grudou nela.

Agora, como a Jéssica de “Passione”, ninguém mais tem o direito de dizer que Gabriela está apenas sendo correta. Talvez graças à maturidade e justamente por ter perdido o medo de errar, ela vem se jogando com vontade nas suas cenas. Com isso, transformou-se num dos destaques da novela de Silvio de Abreu. Jéssica não é uma personagem simples, ou só engraçada, como parece à primeira vista. Ela tem suas nuances. Hiperfogosa, topa muita coisa por uma noite animada com o marido. Mas “muita coisa” não é tudo. Por exemplo, bigamia ela não aceita, ou pelo menos é o que se viu até agora. E a atriz conseguiu fazer a perfeita combinação desse moralismo com entusiasmo sexual que o papel exige.


Na hora da comédia rasgada, é um acerto atrás do outro. As sequências dessa semana em que Jéssica algemou Berilo (Bruno Gagliasso) estavam ótimas.

Apesar de cômica, Jéssica, como Maria Eduarda, é mimada e meio chatola. Já Gabriela Duarte não parece ter mais quase nada em comum com aquela atriz insegura com quem o público implicou em 97. A quem duvidar recomendo uma conferida no Viva, que está reprisando “Por amor”.

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