Que nenhum autor de novelas desdenhe o prazer que o espectador tem de reclamar. E, sobretudo, que não aposte que essa alegria é de fácil obtenção. Não basta criar um vilão “daqueles” e depois fazê-lo apanhar. É preciso perceber que o público se delicia com as maldades e dar vida longa a elas para proporcionar essa fruição. Veja o que está acontecendo com “Passione”.
Saulo (Werner Schunemann) é um vulcão de ódio em plena atividade. Sua agressividade não poupa nem a própria mãe, filhos, ninguém. Mais (ou menos, depende do ponto de vista) que um detrator verbal, ele parte para a violência física. Mesmo assim, os leitores do meu blog saíram em sua defesa numa campanha que durou a semana inteira.
Isso porque Saulo é um dos candidatos a morrer no capítulo de amanhã, como prometeu Silvio de Abreu. Porém, pelo visto, se ele sumir da trama, muita gente vai lamentar. É o caso de Rita Maria Destefani, que escreveu: “Matar o Saulo? Nem pensar, Silvio de Abreu”; e de Margarida Lisporineia: “É um dos atores desta novela que estão mostrando competência e garra”; e ainda Michella Santana Pereira: “Nota zero para a morte do Saulo. Apesar de asqueroso, ele contribui com pimenta para a novela”. Mariana Cruz pergunta: “Com a morte de Saulo, quem vai ‘causar’?”. E por aí vai. O próprio Werner disse semana passada à repórter do blog Florença Mazza, que gostaria que Saulo encontrasse um amor para “se humanizar”. Essa é outra etapa. Por ora, o público está a fim de ver o circo pegar fogo como quando Arthurzinho (Júlio Andrade) apanhou feio.
Falando em maldades, Odete Roitman (Beatriz Segall) e Maria de Fátima (Glória Pires) estão de volta. Não dá para perder.
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