quinta-feira, 7 de abril de 2011

Em carta, atirador de Realengo deixou instruções para seu enterro


Wellington Menezes de Oliveira, o atirador de Realengo, sabia que não sairia vivo da Escola Municipal Tasso da Silveira na manhã desta quinta-feira. Em carta recheada de referências religiosas e com poucos erros de português, ele deixou instruções sobre os cuidados com seu corpo, proibindo que fosse tocado por “impuros”. Wellington, de 24 anos e sem ficha criminal, levou para o local onde promoveria o massacre de crianças um lençol branco, no qual pediu para ser carregado. Ele pediu para ser enterrado ao lado da mãe adotiva, que morreu há um ano.


“Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem usar luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue”, escreveu.

Em outro trecho, ele pede que um “fiel seguidor de Deus” visite sua sepultura pelo menos uma vez. “Preciso que ele ore diante da minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida.”

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