quinta-feira, 28 de julho de 2011

Carioca que cantou com Amy diz que recebeu e-mail da cantora há 11 dias

Rodrigo Lampreia tocou com a diva em pub de jazz em Londres, em 2010.Os dois mantiveram contato pela internet depois de romance relâmpago.

Quando Amy Winehouse entrou na casa de jazz em Londres, na Inglaterra, onde o cantor Rodrigo Lampreia se apresentava, em junho do ano passado, o carioca não imaginava que manteria contato com a diva do soul até poucos dias antes de sua morte, no sábado (23). Depois de dividir o palco no pub inglês em 2010, os dois tiveram um romance relâmpago e se falaram pela internet algumas vezes. No dia 16 de julho, data de aniversário de Rodrigo, Amy enviou um e-mail parabenizando o músico.

“Eu a encontrei algumas vezes depois daquele dia (na casa de jazz em Londres). Nos falamos no Skype, umas três, quatro vezes. E há duas semanas ela me mandou um e-mail desejando feliz aniversário”, contou o cantor em entrevista ao G1.

O primeiro encontro dos dois foi filmado e postado na internet. Amy cantou cerca de 40 minutos, sentada no colo do cantor. Entre as músicas escolhidas estava "Garota de Ipanema", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.“Ela chegou meio alteradinha no pub, cambaleando, mas nada demais. Ela não era nada anormal, como vemos na mídia. Pelo contrário: era normal, simpática, um doce. Ela disse que gostava muito de música brasileira, de Tom Jobim. Ela conhecia bem, tanto que cantou a música inteira”, disse.

Depois da “canja”, Amy chamou Rodrigo e a banda para jantar. Segundo o cantor, ela pagou por tudo.

“Eu estava dormindo quando me ligaram e contaram a notícia da morte, fiquei impressionado, triste. Mas eu já esperava, por causa do uso abusivo de álcool e drogas que ela fazia. O final dela já era esse, por conta do histórico”, disse.

Homenagem
Além da carreira solo, Rodrigo também toca na banda Santa Clara, com o parceiro Beto Landau. No dia da morte da cantora, os dois homenagearam a diva cantando a música “Rehab”, em um show em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

“Vamos homenageá-la de novo nos shows desse fim de semana, em São Paulo, no sábado e no domingo, no Rio. Tocaremos 'Rehab', que o público conhece bem. Eu já a admirava antes de conhecer, sempre tive uma admiração pela música dela, e aquele encontro foi inesquecível.”

ausa da morte segue indefinida
Amy Winehouse morreu no último sábado, aos 27 anos. O corpo da cantora foi encontrado em sua casa, no bairro de Camden, em Londres, e cremado nesta terça-feira em uma cerimônia íntima para amigos próximos e familiares. O produtor Mark Ronson e a cantora Kelly Osbourne estavam entre os presentes.

A causa da morte de Amy ainda é desconhecida. Uma necrópsia realizada na segunda-feira obteve resultados inconclusivos. A conclusão da análise toxicológica - que vai determinar se a cantora consumiu drogas ou outras substâncias antes de morrer - será divulgada em até quatro semanas, informou a Polícia Metropolitana de Londres.

A cantora nasceu em Londres, em uma família judia. Começou a ouvir jazz quando criança e formou a primeira banda aos dez. Filha de uma farmacêutica e de um motorista de táxi, com o qual tinha uma relação conturbada, Amy cresceu na área de Southgate, no norte de Londres. Seus tios maternos eram músicos de jazz profissional.

Aos 16 anos, passou a se apresentar profissionalmente. O primeiro disco, "Frank", foi lançado quando Amy completou 20 anos e produzido por Salaam Remi. O segundo trabalho, "Back to black", saiu em 2006. O disco foi produzido por Mark Ronson e tinha como banda de apoio os Dap Kings, que também se apresentaram recentemente no Brasil. O trabalhou impulsionou a inglesa para o estrelato e lhe rendeu cinco prêmios Grammy.

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