domingo, 4 de outubro de 2009

Daniel: 'Meu negócio é mulher'

Dormir apenas duas ou três horas por noite se tornou comum na vida de Daniel desde que entrou na pele de Zé Camilo, na trama de “Paraíso”. Esse era o único jeito de não cancelar os shows durante as gravações. Mesmo assim, garante que não se arrependeu da escolha:

— Sou batalhador. Quantas noites saí de um show, dormi duas horinhas e vim para a gravação? A novela está chegando ao fim e já começa uma dorzinha no coração.

Como na novela das seis, Daniel também interpretou um peão no filme “O menino da porteira”. São dois peões soltos no mundo, que levam a vida sem criar raízes.

— Nenhum dos dois quer se envolver. O cara chega em uma cidade, conhece uma gatinha e curte aquele momento. Depois, ele segue para outro lugar, vai conhecer outra pessoa e por aí vai...— explica ele, que já teve sua fase mais farrista: — Já vivi uma fase meio peão, volúvel, de não parar com ninguém.

LAÇO NO PEÃO
Daniel vai se casar com sua quinta namorada, a ex-dançarina Aline de Pádua. Eles já estão juntos há 8 anos e ela carrega na barriga, Lara, a primeira filha do cantor, que nasce no fim de novembro ou início de dezembro.

— Preferia ter casado primeiro para depois ter filhos, mas a gravidez não foi programada. Foi um susto, mas vem em bom momento. Já convivemos há muito tempo e o casa-
mento ficará para depois. Nossa união já é uma coisa certa,não importa a aliança e o papel assinado. O primordial é estarmos unidos no coração. Ela mora em Jundiaí e vou arrastá-la para minha terra natal, Brotas, porque não saio de lá por nada nesse mundo. Quando boto o pé na minha terra é que renovo minhas energias.

Daniel e Aline se conheceram há 10 anos, quando ela dançava no balé do seu show.

— Eu dançava e ele sempre jogava aquele charminho. Falava que eu era nariz empinado e que não dava bola. Aos poucos, nos conhecemos e a convivência nos aproximou.

Trocamos olhares no palco. Ele é muito conquistador e charmoso no jeito de falar. É atencioso e carinhoso, não tenho dúvida de que será um paizão — conta a moça.

PAPAI DE PRIMEIRA VIAGEM
Devoto de Nossa Senhora, Daniel se sente agraciado com a vinda da primeira filha:

— Meus pais sempre me disseram que eu só sentiria o amor verdadeiro quando tivesse um filho. Estou passando por isso agora. É uma dádiva. Ansioso para ver o rostinho de Lara, Daniel tem se contentado com os chutes da menina na barriga da mãe:

— Como a sensação de gerar é da mulher, minha ficha só caiu no segundo ultrassom, quando me senti pai. Estamos na melhor fase porque a Larinha fica se mexendo na barriga. Estou fascinado.

Dizem que menina fica muito apegada ao pai, torço para que seja verdade.

ESSE É PARA NAMORAR!
Acredite se quiser, mas Daniel passou a maior parte de sua vida, mais de 20 anos, namorando. Antes de Aline, teve quatro namoradas, chegando a ficar por 12 anos com uma delas. No primeiro relacionamento, que durou quase um ano, ele aprendeu a controlar o ciúme.

—Eu era possessivo, até meio doentio. Se achasse que ela estava olhando para outro lado, já dava problema! E não tem nada a ver, mas tinha 16 anos. Com o tempo amadureci, hoje tenho um ciúme controlado. Tem gente que acha que é sinal de insegurança, mas acho que é sinal de sentimento — justifica.

Mas ele também não é santo! Pronto para casar, admitiu até para a futura esposa Aline que já traiu em um namoro anterior.

— Tive alguns flertezinhos, acabei agindo pelo lado incorreto das coisas, traí e assumi. Claro que é importante ser fiel, mas quem nunca traiu na vida?

NEM GAY, NEM MULHERENGO
Ao longo de sua carreira, o cantor se deparou com comentários de que seria homossexual. Ele garante que nunca se incomodou. Já seus irmãos...

— Eles estavam viajando e, ao ver que a placa do carro era de Brotas, disseram: ’Você é de Brotas, da terra do Daniel? É verdade que ele é gay?’. Eles responderam que eram meus irmãos e me defenderam. Mas nunca me incomodei. Cada um tem sua opção e se fosse gay não teria problema.

Talvez, tenham pensado isso porque sou discreto nos namoros. Meu negócio é mulher!

SHOW SAUDOSISTA
João Paulo faleceu há 12 anos, mas ainda é uma presença muito forte na vida de Daniel. Para sempre será:

— Existem alguns momentos que dá uma deprezinha. Tenho um pouco de amargura ao lembrar daquela época que vivemos e saber que nunca mais será assim. Tinha 11 anos quando começamos a cantar juntos, então, quando estou sozinho nos bastidores, sinto falta. Mas ficam lembranças maravilhosas, de muita alegria, do que vivemos.

E é em João Paulo que Daniel se inspira quando sobe ao palco para apresentar o show “Raízes”, que roda o Brasil. O repertório traz sucessos do início da carreira, além das canções do filme “O menino da porteira”. No sábado, ele estará no Citibank Hall, no Rio:

— É um show acústico, intimista, que me aproxima do público. Estou trazendo mais canções antigas, músicas que gravei até com o João Paulo, como “Te amo cada vez mais” e “Segura coração”. Esse show vem de encontro com a minha essência, minhas origens, minhas raízes. É uma homenagem ao João Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Link-Me