‘Histórias de amor duram apenas 90 minutos’
Casados na vida real, os atores Caio Blat e Maria Ribeiro decidiram encarar o maior desafio de suas carreiras: levar sua intimidade para as telas de cinema, interpretando marido e mulher em frente às câmeras em cenas picantes. O resultado é o filme “Histórias de amor duram apenas 90 minutos”.
“Foi constrangedor”, diz Maria sobre as cenas de sexo que protagonizou com o marido. "Foi uma delícia e foi terrível, a gente se sentiu expondo nossa intimidade", diz Caio. "Com ele, não tem como dar um beijo técnico, as cenas mais quentes são verdadeiras, somos nós dois que estamos lá de verdade", conta a atriz de 34 anos, que considera mais difíceis as cenas sensuais do casal do que aquelas em que beija outra mulher, a argentina Luz Cipriota.
Mas, apesar do constrangimento, o casal aprovou o resultado. "Ficou muito sexy, mas na medida certa; temos muito orgulho desse filme", afirma Caio.
Um homem, duas mulheres
Dirigido por Paulo Halm, o filme gira em torno de um escritor frustrado (Blat) casado com uma professora de artes (Ribeiro) bem resolvida. O relacionamento entra em crise quando ele percebe que está sendo deixado para trás pela mulher em todos os níveis: intelectual, social e até sexual, já que ele descobre que a esposa está tendo um caso com outra mulher. Os três personagens acabam se envolvendo.
Segundo o diretor, a ideia de ter o casal de atores nos papéis principais foi do próprio Caio Blat. "Não daria para fazer o filme se não fosse com a Maria. Logo vi que era uma história que merecia essa entrega e essa exposição", diz o ator de 29 anos. "Além disso, a Maria não aguentaria de ciúmes de me ver na tela com outras duas mulheres", brinca.
Mas, inicialmente, a ideia de ter um casal de verdade interpretando marido e mulher deixou o cineasta com o pé atrás. "Fiquei morrendo de medo de colocar os dois, porque tinha um risco de eles brigarem e se separarem no meio do caminho, o que arruinaria as filmagens", lembra Halm. "Cheguei a pedir a eles que assinassem um contrato garantindo que não se separariam durante a produção, mas ainda bem que deu tudo certo", diz.
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