domingo, 15 de novembro de 2009

Glória Pires revela medo de morrer

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a atriz fala sobre a vida em Paris

A atriz Glória Pires, que interpreta dona Lindu, a mãe do presidente, em "Lula, o Filho do Brasil", falou à colunista Mônica Bergamo, do jornal "Folha de S. Paulo", sobre o filme, que estreia em circuito comercial em janeiro. "Eu quero que as pessoas assistam ao filme. E que levem um lençol. Eu chorei muito. O filme é muito bonito, tocante. Vi num CD com uma marca d'água escrito Glória Pires [para evitar pirataria]. Então fica aquele Glória Pires o tempo inteiro na tela, sabe? Pra ver um filme assim, e pra ter me emocionado, olha lá, hein?", comentou.

Otávio de Souza/Divulgação
Glória Pires como Dona Lindu no filme 'Lula, O filho do Brasil'

Por telefone, de Paris, onde mora com o marido, Orlando Moraes, e os filhos, a atriz ainda falou sobre outros assuntos, como o medo da morte. Confira abaixo alguns trechos da entrevista.

Medo da morte

"Nunca tive. Uma certa época, de repente, comecei a ter. Sei lá, eu acho que essa coisa está muito ligada ao medo de perder as pessoas. Embora a Cleo (filha da atriz com Fábio Jr.) já tenha 27 anos, eu tenho o Bento (seu filho caçula), de 5 anos. Mas eu acho que está ligado justamente ao fato de estar morando tão longe do local do trabalho, de ter que ir ao Brasil deixando meus filhos aqui. A gente fica, né, com essa paúra"

Paris e Brasil

"Aí (no Brasil) você tem medo de ficar exposot a tanta demência, a tanta violência. Você tem medo de estar no trânsito e de ser assaltado, de levar um tiro por nada. Todo mundo que vem pra cá tem a mesma sensação. Quando entram no metrô as pessoas comentam: é tão bom isso, né? Poder entrar no metrô usando seus casacos, seus relógios, suas bolsas. No Brasil, somos prisioneiros trancados em carros blindados"

Drogas

"Tudo o que é ilegal tem espaço para crescer. É lógico. E quem se beneficia do lucro de uma atividade ilegal? As pessoas ligadas diretamente a ela. Não tem bem nenhum comum. A partir do momento em que uma coisa é legalizada, ela tem um imposto, uma taxa, passa a existir realmente. É um pouco de ingenuidade achar que nos dias de hoje a proibição ainda pode ser eficiente. Não sei se (a legalização das drogas) seria a solução do problema, mas acho que é uma parte dela"

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