sexta-feira, 29 de abril de 2011

Casamento real: Clima de final de Copa do Mundo

Nas ruas, bares e mercados de Londres, pessoas fantasiadas felicitaram os noivos com muita festa - e muita cerveja.

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Por motivos óbvios, eles não têm data nacional - nem festa da independência, nem proclamação da República. Fanáticos por futebol, não ganham uma Copa do Mundo desde 1966. É, então, nas festas da realeza, especialmente nos casamentos reais, que os britânicos aproveitam para expressar todo seu patriotismo e orgulho de fazer parte da mais tradicional monarquia do mundo.

"É o nosso momento de festejar o país. De celebrar os costumes britânicos e de nos orgulharmos deles", explicava Margareth Smith, enquanto experimentava uma camiseta promocional do casamento real numa loja de departamentos.

Para um brasileiro, o mais perto que pode-se chegar de descrever clima nas ruas de Londres no dia do casamento de príncipe William e Kate Middleton é o de comemoração de uma Copa do Mundo. Era impossível ignorar o clima de festa - e a empolgação das pessoas nas ruas foi uma parte importante dela.

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Nas redondezas do Palácio de Buckingham, quinhentos mil expectadores conferiram de perto cada momento da festa de casamento. Muitos estavam acampados na região há três dias para garantir um ponto de observação privilegiado.

Telões instalados no Hyde Park e no Trafalgar Square também atraíram multidões. Mas a maior parte dos londrinos preferiu comemorar entre família e amigos, em restaurantes e pubs de seus próprios bairros.

Chapéus e fantasias com as cores da bandeira britânica, coroas, roupas de princesa e máscaras com a fisionomia da família real eram vistos por toda parte. O mais curioso: muitas pessoas participaram das comemorações na rua vestidos com roupas finas, chapéus, terno e gravata - como verdadeiros convidados.

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Cada movimento dos membros da realeza no momento da cerimônia era respondido com aplausos, suspiros, assovios. Mas, durante a celebração, um silêncio respeitoso se impôs para acompanhar cada palavra do que diziam o arcebispo de Londres e os noivos.

O beijo dos noivos, na varanda do Palácio, foi o grande momento para o público. A multidão se uniu em gritos de "beija de novo!" - e quando o príncipe William atendeu aos pedidos de seus súditos a comemoração atingiu seu ponto alto.

O entusiasmo do público do Green Park era o mesmo em cada pequeno pub, nos vários pontos da capital britânica. Às dez e meia da manhã, chopp e champagne já corriam soltos, acompanhados de pratos típicos britânicos.

GALERIA DE FOTOS: INGLESES FESTEJAM O CASAMENTO DE KATE E WILLIAM

Apesar do comércio funcionar normalmente na parte da tarde, a maior parte dos londrinos não trabalhou no dia do casamento real - o que, para os republicanos, era o principal motivo de comemoração.

Camisetas e bandeiras com a frase "obrigado pelo dia de folga" dividiam espaço nas lojas com as camisetas comemorativas do casamento. Kate e William ainda estavam na Abadia de Westminster quando a estudante Demelza Woodbridge garimpava roupas usadas em um brechó em Spitafield.

"A realeza representa o privilégio, não vejo motivo de tanta comemoração. Estaria lá se fosse para celebrar algo que realmente afetasse toda a população", avalia a jovem. "Isso é só uma desculpa das pessoas para beber o dia todo".

De fato, os pubs ficaram lotados durante todo o dia. Cartazes e camisetas diziam "deixa o casamento para lá, vamos para o pub" - e, nas ruas, grupos de jovens munidos de garrafas e latinhas migravam de bar e bar. Nobres ou plebeus, cada um teve direito à sua festa.

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