
Na vida de Eliane Giardini, maturidade rima com  sucesso. Para começo de conversa, foi só aos 40 anos que a atriz  emplacou na TV, ao interpretar a Dona Patroa de “Renascer” (1993).  Agora, aos 57, conquistou sua primeira protagonista, a Hélia de “Tempos  modernos”.
— Atualmente, me sinto bem mais leve, em todos os  sentidos — afirma a atriz, que só vem recebendo elogios, tanto por sua  interpretação quanto pela beleza e pela boa forma: — Sou vaidosa, é  claro. E é muito mais bacana quando ser bonita vem como consequência de  uma qualidade de vida.
Ao contrário de muitas atrizes de sua  geração, que chegam a perder a expressão facial por cometerem exageros  em nome da estética, Eliane encara o envelhecimento com tranquilidade e  bom humor:
— Faz parte do processo. A outra opção é morrer, né?  Rugas não me incomodam. Até agora, está tudo sob controle.
EQUILÍBRIO, SEMPRE 
“Sou vaidosa, é  claro. E é muito mais bacana quando ser bonita vem como consequência de  uma qualidade de vida. É isso que persigo. Sou muito atenta a  alimentação, exercícios, tomar bastante água, comer fibras e frutas. E  olha que adoro comer! Sou de família italiana, amo doces e frituras.  Então, tenho que tomar um supercuidado para não exagerar e manter uma  vida balanceada. Pelo menos em cinco dias da semana, como corretamente  para que eu possa sair da linha de vez em quando, sem culpa”.
DIETA  SEM GLÚTEN 
“Estão dizendo que eu emagreci cinco quilos  especialmente para a Hélia, não foi bem assim. O que aconteceu é que,  ainda durante ‘Caminho das Índias’, fiz um tratamento com uma  nutricionista e ela tirou uma série de coisas da minha alimentação,  entre elas o glúten. Isso fez com que eu desse uma boa secada. Mas foi  por mim, e não pela personagem”.
SEM LÍQUIDO NA REFEIÇÃO 
“Há  alguns bons anos, cortei o líquido na hora das refeições principais.  Foi difícil, me viciei a comer bebendo. Mas quando é um jantar especial,  abro exceção para um bom vinho”.
PESO MANTIDO
“A vida  inteira pesei rigorosamente a mesma coisa, em torno de 56kg, 57kg.  Quando atinjo os 58kg, já soa o alarme. Quando se está magra,  naturalmente tudo parece melhor, você fica sempre mais elegante. Por  isso, além de controlar a alimentação, procuro sempre praticar uma  atividade física. Ano passado, fiz pilates; este ano, voltei para a  musculação. Estou com pouquíssimo tempo disponível, e é ótimo para dar  um resultado mais rápido. Faço três vezes por semana”.
CACHOS  ASSUMIDOS 
“Não faço grandes esforços para cuidar do cabelo. Ele já é  ondulado mesmo, melhor não tentar mudar. Uso bons xampus, bons leave  ins, faço hidratação. Já usei um corte mais curto, em ‘América’, mas  gosto do comprimento atual”.
RUGAS NÃO INCOMODAM 
“O que eu  gostaria de mudar em mim? (risos) Ter alguns anos a menos seria ótimo...  Mas é assim mesmo, faz parte do processo. A outra opção é morrer, né?  Rugas não me incomodam. Uso meus cremezinhos e fico feliz. Até agora,  está tudo sob controle, não tem nada me causando grandes transtornos”.
SORRISO  MARCANTE 
“Falam muito do meu sorriso. Com certeza, bom humor torna a  pessoa mais bonita. Eu também me sinto muito mais atraída por gente  sorridente, alto-astral. É fundamental não se levar tão a sério nessa  vida”.
PAIXÃO POR INTEIRO 
“Minha relação com o meu corpo é a  melhor possível. Nunca dependi de bumbum durinho para conquistar  alguém. A vida inteira, as pessoas com as quais me relacionei se  apaixonaram por mim por inteiro, acredito. Ninguém se apaixona só pela  bundinha durinha da pessoa, mas pela pessoa completa, concorda? Claro  que se o outro está acabadaço, aí é mais complicado. Mas não é o  caso...”.
COMPANHIA NÃO É TUDO 
“A mulher não precisa estar  acompanhada para se sentir bonita, inteira. Eu não tenho esse problema,  graças a Deus! Estar amando é ótimo, mas a gente já vive uma outra  época. A minha geração chegou à maturidade com muitas possibilidades,  incluindo viagens, acesso a programas culturais... Uma história a dois  tem que entrar para acrescentar, e não para posar e sair bem na foto”.
AMOR  MADURO 
“Uma das coisas mais legais na novela (‘Tempos modernos’) é  essa história de amor maduro. Acho linda a relação da Hélia com o Leal  (personagem de Antonio Fagundes, de 61 anos). A TV geralmente mostra a  mulher mais velha com um rapaz mais novo. Não que eu tenha problema com  isso, amei quando fiz a Neuta (em ‘América’, a personagem de Eliane se  apaixonava por Dinho, um peão vivido por Murilo Rosa, alguns anos mais  jovem que ela). Amor independe de idade, chega sem avisar e explicar por  quê. Primeiro você se apaixona, depois você vai entender. Eu, por  exemplo, gosto de me relacionar com pessoas da minha idade”.
DE  MULHER PRA MULHER 
“Uma mulher se arruma para outra mulher. Somos  mais sensíveis, sabemos analisar a elegância da outra. Até porque a  maioria esmagadora dos homens diz preferir ver as mulheres despidas!”
GUARDA—ROUPA  BÁSICO 
“Gosto de usar roupas bem cortadas, tecidos legais. Meu  guarda-roupa é básico, não tenho nada de espalhafatoso, ao contrário das  minhas personagens inclusive. Não usaria tops, calças muito agarradas  no bumbum, minissaias...”.

 
 

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